Em busca do ouro alquímico #2
Ainda nem procurei as framboesas para recuperar a sobremesa em baixo, já outra ideia, que não tem a ver com aquela, me veio à cabeça. Nunca fui de tisanas a que é costume chamar-se chás. O certo é que, devido a um pantagruélico almoço de domingo no Porto, depois de ter dormido uma sesta e bebido em seguida dois copos de água gelada, andei a rondar (de pé) o submundo das trevas, onde não há coisas boas nem más nem assim-assim.
Depois de uma paragem na A1 e de uma saída da auto-estrada para dar um passeio higiénico, quando cheguei a casa bebi uma tisana dessas, mais propriamente uma infusão de tília, e fiquei maravilhado com a sua delicadeza. Fez-me lembrar as noites de Junho, quando as tílias desta cidade enchem o ar com o seu perfume. A infusão tinha um aroma mais subtil, como se as tílias de Verão estivessem longe. Surgiu-me então a ideia de aprisionar aquele perfume e trazê-lo para a mesa. Depois contarei.
Etiquetas: Miscelânea
2 Comments:
Essa da água gelada em plena digestão não lembra a ninguém. Realmente! Quanto ao aroma da tília, em infusão ou pairando no ar, em fins de dia quentes, não sei de cheiro que se lhe compare. Junte-se-lhe o zumbir de abelhas e configura-se o locus amoenus. Parece-me bem associá-lo ao oiro alquímico :)
De facto, Soledade, não lembra ao Diabo:( Sucede que sempre fiz isso, mas desta o cântaro ia deixando a asa.
Gosto do perfume das tílias e depois, já mais dentro do Verão, de ver as brácteas correr, empurradas pelo vento.
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