Filetes de pescada com paté de camarão sobre cama de esparregado de agriões e pistácios e molho de gambas al ajillo

Prato algo complicado, só porque andei a avançar às apalpadelas na pasta de camarões que se vê entre os filetes na imagem acima e que veio a ficar muito boa. Agora é fácil, embora algo trabalhosa. Quanto ao esparregado - divino! desculpem-me a falsa imodéstia -, o trabalho que deu fora do normal foi arranjar os agriões e descascar os pistácios (sem sal). Os filetes de

Imaginei que seria boa uma pasta de camarão baseada em parte de dois pratos espanhóis, as gambas al ajillo e o molho do peixe grelhado na brasa que se faz no País Basco e não só (azeite, alho às falhas aloiradas nele e sumo de limão, tudo deitado a ferver sobre o peixe aberto e pronto a comer).
Descasquei uma mão cheia de camarões ainda congelados e reservei as cascas e as cabeças. Pus


Entretanto para o esparregado que sonhara, tinha posto os agriões numa panela com água a ferver, um grande molho deles que tive de arranjar pé por pé, coisa de que gosto pouco ou nada.

Levei os agriões cozidos ao copo da batedora, com uma mão cheia de pistácios descascados e pelados quanto possível do seu tegumento castanho. Desfiz tudo bem desfeito, passei o esparregado para uma tigela, juntei-lhe um nada de farinha de trigo só para absorver a água que ainda tinha, temperei só com sal e levei ao microondas para aquecer. Quando o retirei, já a água tinha sido absorvida. Estava feito um esparregado que nem Zeus provara no Olimpo, no tempo em que Ganimedes lhe servia

Passei ao empratamento, que foi como se mostrou, e o molho sabia ao das gambas al ajillo. Os sabores ligaram-se muito bem e sem excessos de nada. Foi o meu almoço de hoje, que rematei com uvas moscatel e depois, acompanhado de pistácios que tinham sobrado, o Pedro Ximénez da imagem ao lado, velho de 30 anos e cremoso como mel, a saber e a cheirar a passas tostadas e a nozes, outra maravilha.
Etiquetas: Criações - peixe
2 Comments:
Não há dúvida. Aqui come-se bem. A bebida é que não me seduz. As minhas preferencias vão para a juventude
Tenho de convencê-lo, Mestre, de que a única velhice que vale a pena preferir é a destes e de outros vinhos. Um dia, quem sabe, não passo por aí com uma velhota destas debaixo do braço? :)
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