Razões e desrazões
Um mês e tal sem dizer água vai, sem vir aqui, no mínimo para dizer adeus, era uma morte que não cabe na minha maneira de partir. Não parti. Aborreci-me com a cozinha, e, tanto quanto possível, só devemos fazer aquilo que nos apetece. Sucede que fui ajudar alguém a abrir um restaurante e depois aldrabaram o que ensinei, aldrabar é o verbo exacto. E como não sou cozinheiro e nunca ganhei um cêntimo com tachos e panelas (muito pelo contrário) , como a minha vida de ganhar o pão é quase tão livre como a de um pássaro, dei a minha tarefa por finda com uma desculpa amável, para que tudo ficasse na mesma. Isto é, para que a relação se mantivesse e aquele restaurante, num sítio privilegiado, fosse apenas mais um restaurante, entre os muitos que fecham e abrem todos os dias.
Falta-me dizer que não me pus com nouvelles cuisines, o que ensinei eram pratos e sobremesas normais, de gerar consensos amplos, de óptimo preço de custo e de melhor que óptimo preço de venda. E de grande e pouco vista qualidade na escolha. Não caio noutra.
Etiquetas: Miscelânea
3 Comments:
Ora, caro amigo, ainda bem que não fechou (temia eu!) um dos melhores "restaurantes" da blogosfera.
Quanto ao mais é a tentação do lucro fácil e preguiçoso.
Valha-me aquele frango do post acima, que parece dizer que você irá voltar aos posts.
Quanto a cozinhas de restaurantes, livra, fuja disso!!! Eu só cozinho por prazer ou por fome, e nunca me imagino no calvário de um cozinha de restaurante, e desencorajo qualquer um.
É uma pena pena nâo terem aproveitado o seu saber.
Que pena não se investir na qualidade!
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