Tinha uma lata de espargos na
dispensa despensa,
trouxera-a há uns meses de Espanha, custou-me creio que menos de 3 euros, de facto pouco dinheiro por tão excelente produto. Derreti manteiga da Ilha de S. Miguel (que é a única que uso. É tão boa que deveria ter denominação de origem). Escrevi S. Miguel e não Terceira. A manteiga desta ilha soube-me duas vezes a sebo e não a quis mais. Piquei salsa, retirei o frasco de vinagre de framboesas do frigorífico, empratei e aqueci no microondas quatro espargos valentes como se pode ver na imagem ao lado, deitei a manteiga derretida sobre eles e o vinagre na berma do prato, aspergi o molho com a salsa. Depois comi devagar para não ficar com fome e saborear como deve ser os espargos. Estavam bons. Mas, porque o aroma do vinagre morria um pouco com a força do sabor dos espargos, estes ficariam melhor com vinagre de vinho do Porto velho, uma raridade excelente e perfumadíssima que costumava haver em casa de meus pais. Um dia tentarei fazê-lo.
Enfim, repare-se na marca dos espargos: segundo o Dicionário da Real Academia Espanhola,
cojonudo significa
estupendo, excelente, magnífico, e mais nada. Quando ouvi pela primeira vez esta palavra, julguei que significaria
quilhado. É que a raiz etimológica nas duas línguas é a mesma...
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8 Comments:
É o que me leva a escrever num blogue estas coisas. Saber que outros se alegram e têm prazer com o que vou transmitindo. Fiquei contente por isso.
Há uma confusão!
dispensa
s. f.,
acto de dispensar ou de ser desobrigado;
escusa de serviço, dever ou cargo;
documento ou acto em que se pede dispensa.
despensa
do Lat. dispensa
s. f.,
compartimento ou armário para arrumação de víveres;
copa.
Tem toda a razão. Eu sabia disso. Não era preciso ter ido ao Houaiss... Passou-me. Detesto erros ortográficos. Espero que me relevem o erro, talvez tenha alguma atenuante para isso :)
Pode, sempre, apagar.
Não me incomoda nada, nem um pouco.
Ah! e não foi o Houaiss foi o priberam.pt.
Se tivesse nome e sítio, anonymos, havíamos (ou haveríamos...) de discutir sobre questões da língua, para eu perceber em que grau está.
De qualquer modo, já tinha uma questão a pôr-lhe quanto à eventual falta de regência na expressão "não foi o Houaiss (...)", mas como não sei o que ia na sua cabeça quando a escreveu, e também como não sou professor de português, deixo-me disso.
Se a si o erro ortográfico dispensa não o incomoda, a mim agora não me faz mossa nenhuma, por isso o risquei, evidenciando-o.
O seu reparo parece-me um dito do Conselheiro Acácio :))
Damelun, acho piada a estas pessoas. Quem ama a Língua não se questiona no seu amor, a não ser para o aperfeiçoar. E não se magoa com o que vem de fora, porque o seu amor é verdadeiro e diário.
Outros fazem da Língua um compêndio de aritmética. Chato e falso afecto, esse, titubeante tantas vezes, nem que seja apenas por imprecisão, como na segunda entrada do anonymous. E isto sou eu a dar o benefício da dúvida àquela figuração de erro sintático "foi o Houaiss".
Engano, seu.
O que não me incomoda é o apagar do comentário.
Quanto a tudo o resto fiquemo-nos por aqui.
Passe bem, caro senhor.
Aqui não se apagam comentários, a não ser de spmam. É a democracia levada ao exagero, mas aqui é assim, pelo menos enquanto eu não trespassar a loja.
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