quinta-feira, julho 13, 2006

Salpicão em azeite: uma dupla vantagem


Os salpicões da imagem acima são oriundos da zona da Serra do Montemuro e seus contrafortes, a norte de Viseu. A carne é vermelho-escura, atravessada por gordura, como se vê nas imagens, e exala um perfume divino, se os deuses tivessem iguarias destas. Quem estiver interessado neles, escreva-me nos comentários ou por e-mail (à direita, no cimo, na posta restante). Não os vendo: posso procurar onde os vendem na sua região.


Como ando com a mania das conservas - isto é por ondas -, pensei que seria bom pôr salpicões destes em azeite. Não é coisa nova, eu sei. Já será novo cortá-los em rodelas de 3 mm de espessura e acondicioná-las em azeite, dentro de frascos como o da imagem. As conservas cárnicas, em frascos ou não, são uma tendência forte, como pude ver em Março passado no Salón Internacional Club Gourmet.



Penso que, a fazerem-se conservas de carne ou do que for, se deve ganhar algo com isso, de contrário temos a congelação e poupamos trabalho. E esse ganho são os sabores diferentes que conseguimos e a melhoria dos sabores originais (estou a lembrar-me dos rojões conservados em banha e do confit de pato). E aqui ganha-se não só um sabor diferente no salpicão, como o azeite, ao fim de três semanas, tem um aroma intenso ao enchido, e ainda obtemos algo que nos regala o olhar.



Com o azeite podemos fazer ovos estrelados, mexidos, em omelete, podemos perfumar saladas e o mais que a nossa imaginação invente. Será escusado dizer que, tal como o salpicão, o azeite deve ser de primeira qualidade. Fiz esta conserva com azeite que tenho, do Douro (V.N. Foz Côa), de 0,3º de acidez.

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2 Comments:

At 14/7/06 13:19, Blogger Paula said...

Têm um ar excelente, os salpicões!

 
At 17/7/06 22:56, Blogger avental said...

E ainda são melhores provados :)

 

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